terça-feira, 8 de outubro de 2013

Feliz aniversário, Didi!


Há exatos 85 anos, no dia 8 de outubro de 1928, nascia, em Campos dos Goytacazes, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos: Valdir Pereira, o Didi.

Na Seleção Brasileira, entre 1952 e 1962, foram 68 partidas oficiais disputadas, 20 gols marcados, e as conquistas do Campeonato Pan-Americano (1952) e de 2 Copas do Mundo (1958 e 1962). Na edição de 1958, foi eleito o melhor jogador do torneio, ganhando da imprensa europeia o apelido de Mr. Football. Especialmente na semifinal contra a França, Didi teve uma atuação espetacular (confiram aqui, no post sobre aquela partida, um vídeo de 9 minutos com as melhores jogadas de Didi naquela exibição antológica).

Didi brinca com a bola em treino da Seleção (1958).

Didi, lenda da Seleção Brasileira.
Didi, o Príncipe Etíope de Rancho.

Didi em treinamento no Estádio de Laranjeiras.

No Fluminense, onde Didi jogou ininterruptamente entre 1949 e 1956, foram cerca de 290 partidas disputadas, 95 gols marcados, e as conquistas do Campeonato Carioca de 1951 e do Mundial Interclubes de 1952, sempre como protagonista. Ganhou, em 1955, o Prêmio Belfort Duarte, concedido a jogadores com conduta exemplar - um dos requisitos era nunca ter sido expulso de campo.

A elegância com que Didi atuava o fez ganhar, do cronista Nelson Rodrigues, o apelido de Príncipe Etíope de Rancho (vale a pena ler, aqui, um excelente texto de Nelson sobre Didi, após a conquista do Mundial de 1958). Inventou o chute de folha-seca, executado com a parte externa do pé, em que a bola toma um efeito impressionante.

No dia 16 de junho de 1950, Didi marcou o primeiro gol da história do Estádio do Maracanã, atuando pela Seleção Carioca de Jovens, contra a Seleção Paulista.

Didi posa com a camisa do Fluminense no Maracanã.

Didi, capa da Revista Esporte Ilustrado.

No Botafogo, entre idas e vindas, foram ao todo 313 jogos, 114 gols marcados, e as conquistas de três Campeonatos Cariocas (1957, 1961 e 1962) e um Torneio Rio-São Paulo (1962), sempre na condição de protagonista do time. No Real Madrid, fez parte do elenco que conquistou o Troféu Ramón de Carranza em 1959 e a Taça dos Campeões Europeus na temporada de 1959-60.

Didi no Botafogo.

Didi no Real Madrid.

Após pendurar as chuteiras, Didi ainda teve brilhante carreira como treinador. Comandou um período da famosa Máquina Tricolor, um dos melhores times da história do Fluminense. Fez parte das conquistas do Campeonato Carioca de 1975 e do Torneio de Viña del Mar de 1976.

Didi teve também passagens vitoriosas nos comandos do Sporting Cristal (Peru), da Seleção Peruana, do Fenerbahçe (Turquia) e do Cruzeiro. Treinou também River Plate (Argentina), Alianza Lima (Peru), Al-Ahli (Arábia Saudita), Bangu, Botafogo, Fortaleza e São Paulo.

Valdir Pereira faleceu em 12 de maio de 2001, no Rio de Janeiro, após complicações em uma cirurgia. Mas enquanto existir um fã de futebol no mundo, seus feitos estarão preservados. Sua história, Didi, é eterna.

Didi, treinador do Fluminense em 1975 (foto: Placar).

Caricatura de Didi com a camisa da Seleção.

PCFilho

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