domingo, 29 de janeiro de 2012

Rafael Nadal, obrigado por não desistir


Amigos, foi a mais longa decisão da história de um Grand Slam. No centro das atenções da Rod Laver Arena, em Melbourne, dois monstros do esporte: o sérvio Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal. Após cinco sets dramáticos, disputados durante quase seis horas, Djokovic está coberto de glórias: é o grande tricampeão do Aberto da Austrália.

As crônicas, naturalmente, exaltarão a façanha do sérvio. E eu faço coro: Djokovic merece cada elogio que a ele for dirigido. Atingiu o auge da forma, física e técnica, e desde o ano passado domina o tênis mundial. Destronou Federer e Nadal, feito que, relembremos, parecia impossível há alguns meses. A este Hércules contemporâneo, pois, todo elogio é pouco.

Mas eu falarei hoje sobre Rafael Nadal, o vice-campeão.

Por algumas vezes durante a grande final, a derrota do espanhol parecia uma certeza líquida e matemática. Por algumas vezes, Nadal esteve à beira do abismo, a um passo da aniquilação irremediável. Nem mesmo o seu fã mais esperançoso conseguia mais acreditar na redenção. A salvação daqueles três pontos seguidos, no quarto set, era quase uma impossibilidade física. Mas acontecia o deslumbrante milagre: Nadal se agarrava a um tímido fio de esperança, e dele tirava forças monumentais para reagir.

Amigos, olhem para Rafael Nadal: ele claramente não nasceu para jogar tênis. Não tem físico para isso, não tem a genética de um tenista profissional. À primeira vista, poderia, no máximo, se tanto, disputar suas partidas amadoras nas ilhas Baleares. No entanto, Nadal é um dos melhores tenistas de todos os tempos. Em quadra, consegue igualar um Djokovic, um Federer, sujeitos, esses sim, que obviamente foram feitos para o esporte.

A vantagem de Nadal é exatamente a persistência: não existe situação perdida para o espanhol. Não importa quem está do outro lado, se é o melhor de todos os tempos, se é o melhor da atualidade; não importa quantas bolas na linha precisam ser salvas; não importa a diferença no placar; só importa mesmo lutar, persistir, sobreviver. Não desistir.

É isso: Rafael Nadal, obrigado por não desistir.

PC

3 comentários:

  1. Nadal é o tenista mais bem preparado fisicamente que vi jogar, ele parece não cansar nunca. Só ver, enquanto Djokovic estava morto fisicamente, Nadal estava inteiro. Esse é o diferencial dele.

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  2. Incrível com tem gente que consegue assistir tanto tempo de uma partida de tênis!

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