quinta-feira, 7 de julho de 2011

Tim, um craque do Fluminense


Amigos, sete de julho é a data que marca o nascimento do Fla-Flu, mas também o falecimento de um dos heróis tricolores do clássico das multidões: Elba de Pádua Lima, o Tim.

Tim chegou ao Fluminense em 1937, vindo do Botafogo de Ribeirão Preto. Já possuía status de craque, após fazer um excelente Campeonato Sul-Americano pela Seleção Brasileira, na Argentina. Sua transferência foi cara: o Tricolor pagou 20 contos de réis de luvas, e 1 conto de réis por mês de salários. Chegou para ser peça fundamental de um dos melhores times que o futebol carioca já viu, uma autêntica Seleção Tricolor, que contava com Batatais, Machado, Brant, Romeu, Russo, Hércules e outros craques.

Com seu futebol de dribles secos, passes destruidores e posicionamento primoroso, Tim ajudou o Fluminense a ser hegemônico no futebol do Rio de Janeiro: levantou o Campeonato Carioca em 1937, 1938, 1940 e 1941, o Torneio Municipal de 1938 e o Torneio Extra de 1941. Em 213 jogos pelo Fluminense, Tim assinalou 71 gols.

Pela Seleção Brasileira, foram 16 partidas disputadas. Após participar como titular do Sul-Americano de 1937, na Argentina, integrou o grupo na Copa do Mundo de 1938, na França, tendo sido preterido do time titular por razões políticas. Em 1942, foi titular no Sul-Americano do Uruguai, quando marcou seu único gol pelo escrete, o primeiro na goleada sobre o Equador (5 a 1).

Tim encerrou a carreira de jogador em 1950, pelo mesmo Botafogo de Ribeirão Preto, onde iniciara sua jornada no futebol. O bom filho à casa torna, é como dizem.


A inteligência que demonstrava em campo passou a ser útil fora das quatro linhas: Tim se transformou em um dos melhores treinadores do futebol brasileiro. Conhecido por ser um brilhante estrategista, dirigiu o Fluminense campeão carioca de 1964 e da Taça Guanabara de 1966, o San Lorenzo campeão metropolitano de Buenos Aires em 1968, o Vasco campeão carioca de 1970, e o Coritiba campeão do Torneio do Povo de 1973.

Em 1981, Tim assumiu o comando da Seleção Peruana, levando-a à Copa do Mundo da Espanha. Nas eliminatórias, o Peru terminou em primeiro de sua chave, à frente do poderoso Uruguai (vencido em pleno Estádio Centenário de Montevideo). Na Copa do Mundo, o Peru empatou em 0 a 0 com Camarões e em 1 a 1 com a Itália, que viria a ser a campeã do torneio. Só foi eliminado pela envolvente Polônia de Lato e Boniek, que venceu por 5 a 1. El Peón, como era conhecido lá, se tornou um ídolo nacional no Peru.

Dois anos após a grande campanha, em 7 de julho de 1984, Elba de Pádua Lima faleceu, no Rio de Janeiro. Sua lenda e sua história, no entanto, permanecem vivas, nas memórias dos tricolores, dos brasileiros, dos peruanos e de todos os que se deixaram encantar pelo seu mágico talento.

PC

Algumas estatísticas de Tim no Fluminense:
- gerais como jogador: 213 jogos (205 como titular), 126 vitórias, 33 empates, 54 derrotas, 71 gols feitos.
- títulos como jogador: 4 Campeonato Cariocas (1937, 1938, 1940, 1941), 1 Torneio Municipal (1938), e 1 Torneio Extra (1941).
- como jogador contra o Botafogo: 19 jogos, 10 vitórias, 3 empates, 6 derrotas, 3 gols feitos.
- como jogador contra o Flamengo: 25 jogos, 10 vitórias, 5 empates, 10 derrotas, 2 gols feitos.
- como jogador contra o Vasco: 22 jogos, 11 vitórias, 5 empates, 6 derrotas, 6 gols feitos.
- gerais como treinador: 179 jogos, 76 vitórias, 42 empates, 61 derrotas.
- títulos como treinador: 1 Campeonato Carioca (1964) e 1 Taça Guanabara (1966).

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